sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

OS PRINCIPAIS TIPOS DE BICICLETAS

Há vários tipos de bicicletas que podem ser classificadas como bicicletas de lazer e recreação. Enquadram-se aqui as Comfort Bikes, Beach Bikes (bicicletas praianas) e os modelos mountain bikes mais simples.

Comfort Bikes

São bicicletas mais robustas, com uma geometria confortável e que empregam componentes mais simples que tornam o preço bastante atraente. Podem ser a grande pedida para quem está em busca de uma bike simples para lazer e sem maiores aspirações.




São perfeitas para pedalar no parque, na ciclovia, em passeios ciclísticos e em deslocamentos de curta distância. Mas são limitadas para outras aplicações, como trilhas ou viagens longas de cicloturismo.

O mercado oferece muitas opções nessa categoria, com opções de câmbios de 21, 24 ou até 27 velocidades. Exemplos: Caloi 100 (R$ 599) e Caloi 500 (R$ 1.200).

Mountain Bikes

São as bikes mais comuns hoje em dia. Têm a grande vantagem de serem as mais versáteis e encaram desde um passeio no parque, uma viagem de cicloturismo e até corridas em terrenos difíceis. Grosso modo, atendem as necessidades de praticamente 80% dos ciclistas. Hoje, praticamente todas já saem de fábrica com suspensão na frente e com freios a disco nas duas rodas. Os preços vão variar bastante em função dos componentes que, por sua vez. vão influenciar diretamente no peso da bicicleta. Há opções nacionais (Caloi, Houston, Soul) a partir de R$ 1.600.


Há também modelos com suspensão na traseira (as full suspension), que são bem confortáveis no off road. Mas atenção, pois uma bike full suspension pesa bastante e os modelos de baixo peso custam bem caro.

Os quadros podem ser feitos de aço (muito pesados), alumínio (tendem a ser mais leves e duráveis) e de carbono (bem leves e mais caros), que são perfeitos para quem quer competir.

A última palavra em mountain bikes são os modelos com aro 29, que por terem a roda maior, passam com facilidade e rodam com mais facilidade em terrenos planos por terem maior inércia.

Uma dica para quem quer fazer cicloturismo: escolha um modelo que tenha furação nos stays traseiros. Esse detalhe será fundamental na hora de fixar o bagageiro para levar os alforjes.

Ciclismo

Também chamadas de speed ou road bikes, esse tipo de bicicleta é para um público bastante específico. Com pneus finos e delicados, são bicicletas feitas para rodar em bons pisos asfaltados, com uma posição de pedalada que pode ser bastante desconfortável para muitos.




Os modelos mais em conta são feitos de alumínio, mas há também opções (mais leves e mais caras) em fibra de carbono e também em titânio. Se pretender pedalar em regiões montanhosas considere adquirir uma speed com pedivela compacto e um cassete de 25 ou 27 dentes na traseira. Há modelos nacionais da Caloi e Soul a partir de R$ 2.500.

Dobráveis

Essas bicicletas compactas ainda são novidade no Brasil. Normalmente têm aro 20 e são perfeitas para serem utilizadas no transporte urbano do dia a dia. Quando dobradas, podem ser carregadas a tiracolo e embarcam facilmente em trens e ônibus ou ainda guardadas num cantinho do apartamento ou escritório.



Os modelos mais comuns no Brasil são a Dahon, a Blitz , Sense, a a Soul e, mais recentemente, o modelo Urbe da Caloi. Mas atenção: são pouco versáteis e indicadas para deslocamentos de curta distância.

Híbridas

São bikes multiuso, em geral com aro 27 e pneus mistos, que vão bem tanto no uso urbano e quanto em longas pedaladas no asfalto e cicloturismo. Podem ser uma opção interessante para boa parte de ciclistas que buscam pedaladas tranquilas nos momentos de lazer já que não foram feitas para competir e nem para enfrentarem trilhas.

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

COMO ESCOLHER SUA PRIMEIRA BIKE

Já se foram os anos em que comprar uma bike de qualidade era uma tarefa quase impossível no Brasil. Com a globalização e a abertura das importações no início da década de 90, temos uma gama imensa de modelos que atendem a todos os bolsos e gostos.


As opções são tantas que a escolha pode se tornar difícil para quem vai começar a pedalar. O mercado oferece modelos speed, mountain bikes, híbridas, dobráveis, confort, lazer, aro 26, aro 27,5, aro 29, com suspensão na frente, suspensão total etc.

Escolher o modelo ideal é importante principalmente para não jogar dinheiro fora e para tirar o máximo proveito da bicicleta.

Elaboramos um pequeno guia para auxiliar as pessoas que vão adquirir a primeira bicicleta, com foco nos modelos que podem ser utilizados por iniciantes, por isso, bicicletas de uso mais restrito, como os modelos específicos para triathlon, bicicross, downhill e outras modalidades mais radicais não serão abordados nesse guia.


PASSO A PASSO

1 – O primeiro passo é definir para que você quer comprar uma bicicleta. Há pessoas que investem milhares de reais numa bicicleta simplesmente porque o amigo comprou uma bicicleta de última geração. Há quem precise de uma bicicleta para usá-la como meio de transporte para o trabalho, escola ou faculdade. Outros vão comprar por ordem médica como forma de perder peso, outros para entrar ou manter a forma. Seja qual for o motivo, é bom ter em mente que essa é uma decisão bem individual.

O que é bom para os outros pode ser muito ruim para você. O que é importante para alguém pode ser totalmente desnecessário para você. Considere, inclusive, a opção de adquirir uma bike usada. Nesse caso, escolha a dedo uma bicicleta de “garagem”, que comprovadamente tenha tido pouquíssimo uso e tenha preço atraente.

2 – Mas, talvez o mais importante, seja definir o uso que pretende fazer da bike. Diferentes usos exigem diferentes bicicletas, simples assim. Se você mora numa cidade litorânea, repleta de ciclovias à beira-mar e pretende pedalar a maior parte do tempo nessa área, você vai precisar de uma bicicleta bem diferente de alguém que mora numa cidadezinha encravada numa região montanhosa e que vai pedalar em estradas de terra na zona rural. A mesma lógica vale para quem é apaixonado por ciclismo, mora numa região com boas estradas e quer apenas pedalar no asfalto.

3 – Identifique o seu perfil. Se você quer uma bike exclusivamente para lazer, para pedalar em parques com a família, dar uma volta na ciclovia aos domingos para desestressar, fique longe das bikes de competição, nesse caso uma bike mais simples – do tipo híbrida ou comfort bike – já está de bom tamanho.

Se na infância você andou muito de bicicleta, parabéns! Isso vai te ajudar e muito a voltar a pedalar e possivelmente em poucos meses você terá evoluído rapidamente para participar de passeios e outros eventos ciclísticos.

Nesse caso, a compra de um modelo mais leve e com componentes melhores pode ser uma boa pedida.

Da mesma forma, pessoas com mais aptidão física, que já são praticantes de outros esportes (futebol, corrida a pé, natação etc), podem investir em uma bicicleta que possa ser usada em competições. São bicicletas mais caras, mas que certamente trazem componentes melhores e mais duráveis.

Já os mais sedentários levarão mais tempo para entrar em forma e mais tempo para evoluir: portanto, uma bicicleta mais básica, num primeiro momento, pode ser o ideal.

Pessoas com menos flexibilidade terão mais dificuldade em se adaptar com as bicicletas de ciclismo, também chamadas de speed ou road. Indivíduos acima do peso vão precisar de uma bike robusta, com componentes de qualidade.

4 – Pesquise. Leia bastante sobre o assunto e troque ideias com quem pedala. Quanto mais informações reunir sobre o tema, melhor será na hora de decidir pela compra.

5 – Bicicletas devem ser compradas em lojas especializadas, também chamadas de bike shops, sob os cuidados de um profissional que oriente na escolha. A grande maioria das cidades brasileiras tem pelo menos uma boa loja de bicicleta. Se na sua cidade não há nenhuma loja assim, vale a pena dar um pulo numa cidade de maior porte e visitar algumas lojas.

6 – Assim como sapatos, bicicletas também têm tamanho e é fundamental comprar a bike no tamanho certo. Certifique-se do tamanho certo para você antes de efetuar a compra. Um bom profissional saberá indicar o tamanho de quadro correto para seu tipo físico.

O ideal é que você faça um pequeno teste drive se estiver em dúvida quanto ao tamanho. Se você for tiver acima de 1,85m ou abaixo de 1,65m, fique atento, pois as bicicletas nacionais de recreação e lazer vêm todas num tamanho padrão e podem ser um problema. Algumas marcas e modelos, normalmente as mais caras, estão disponíveis numa ampla grade de tamanhos.

Tabela básica – altura do ciclista x tamanho da bicicleta



Atenção: os tamanhos acima são baseados em médias. É recomendado que você faça um teste drive para comprar na certeza.

7 – Na hora de fechar negócio, vale a dica: invista na melhor bicicleta que seu dinheiro puder alcançar. Vale muito a pena investir num bom produto que só vai te trazer benefícios, saúde e alegria. Uma bike de R$ 6 mil certamente oferece mais benefícios que uma de R$ 2 mil.

8 – É importante. antes de sair para a compra, definir claramente qual a faixa de preço da bicicleta. Chegar na loja com o tipo, o modelo e a faixa de preço já definidos facilita bastante a escolha final do produto. Pense bem: se você tem R$ 3 mil disponível para gastar, poupe o tempo do vendedor que quer te vender uma bike de R$ 8 mil. Lembre-se de reservar parte de sua verba para adquirir os acessórios e vestuário, como bermudas, as luvas, os óculos e, claro, o indispensável capacete.

9 – Negocie com calma. Pechinchar faz parte de qualquer negociação. As bicicletas têm preços definidos pelos fabricantes e importadores, mas sempre há uma margem de negociação com a loja, seja num desconto à vista, seja nas opções de parcelamento ou nos brindes que podem acompanha a bicicleta como capacetes, bolsa de selim, uma bomba, um agrado.

10 – A marca da bicicleta pode ser definida na hora, de acordo com seu gosto, cores, grafismo etc. Os componentes (marca das peças) são praticamente os mesmos usados em todas as marcas.

Praticamente toda loja oferece uma revisão gratuita após 30 dias de uso. Essa revisão é importante para ajustar os freios e os câmbios e para um reaperto geral; aproveite para tirar eventuais dúvidas.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Faça você mesmo - Passo a passo para uma lubrificação rápida dos cabos

Já tomou aquela chuva bem no meio da estrada ou da trilha? Aquelas fortes que molham tudo e que descem pelos cabos e até bloqueiam o funcionamento do câmbio? Quem já enfrentou isso sabe como é. O câmbio deixa de funcionar pois os cabos não deslizam mais dentro dos conduites. Na maioria dos modelos de bikes, você mesmo soluciona o problema em questão de minutos! Veja abaixo:

1 - Espere até que a bike esteja 100% seca;

2 - Coloque a coroa do meio, ou a menor coroa no caso das speed, e mude para a maior catraca atrás;


3 - Com a bike parada e sem girar os pedais, acione o shifter (passador) como se mudasse para a menor catraca, para criar uma folga no cabo. Agora com as mãos você é capaz de desencaixar o conduite dos suportes no quadro e deixar o cabo à mostra. Comece pela extremidade que entra diretamente no câmbio, lá trás. Dependendo do modelo de bike (seja mtb ou speed) você conseguirá ter lubrificar quase toda a extensão do cabo;


4 - Limpe e seque o cabo com um pano embebido em querosene para se livrar da graxa velha, da lama, sujeira e da umidade;

5 - Com a ponta dos dedos espalhe um pouco de graxa branca. Se não tiver graxa branca, use óleo de motor de carro. Use pouco, não precisa exagerar! Se preferir pode deixar escorrer um pouco de óleo onde não foi possível lubrificar com as mãos;



6 - Reinstale os conduites nos suportes do quadro e está pronto. Gire os pedais mudando as marchas várias vezes para o óleo agir e logo tudo vai voltar a funcionar direitinho!;

7 - Agora é a vez do câmbio dianteiro. Mude a corrente para a coroa maior. Sem pedalar acione o shifter (passador) para mudar para a coroa menor e criar uma folga no cabo;

8 - Proceda exatamente como na lubrificação do câmbio traseiro;

Isso é apenas uma manutenção básica pós-chuva ou quando o acionamento do câmbio está duro, não dispensando os cuidados periódicos de uma revisão com um profissional qualificado. O mecânico além de inspecionar os cabos lubrificará também todo o conjunto interno dos shifters e fará a regulagem geral de sua bike!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

5 Dicas para não secar na Trilha: Mitos e Verdades

Ciclistas, como todo atleta, precisam de muito líquido. Assim começam as recomendações e teorias de quanto beber durante um passeio ou treino. Além do quanto o que beber.


As indústrias de suplementos adoram fornecer estudos e mais teorias, todas apontando para beber mais e, claro, o seu produto. Mas para clarear isso, uma revista americana consultou alguns especialistas e abaixo temos o resumo da conversa.

#1

Mito: Reponha tudo que você perder

Por muitos anos a recomendação era pesar no fim de uma corrida ou passeio de bike tanto quanto no começo, ou seja, beber tudo que você suou. Mas o corpo não consegue absorver líquidos na mesma velocidade do que perde. Portanto se você tentar fazer isso vai ter que dar umas paradinhas.

Verdade: Reponha parte do que foi eliminado por transpiração.

Beba 75% do que você sua durante uma corrida longa. Para fazer isso primeiro você precisa saber sua taxa de sudorese. Ou seja, saber quanta água você coloca pra fora por hora. Para fazer isso, basta se pesar antes e depois de um treino de uma hora. Não se esqueça de descontar a água que você tomar durante esse teste. Com esse valor em mãos, você saberá o quanto tomar de água a cada hora de treino.

#2

Mito: Beber o que der pouco antes de partir

Você só vai conseguir arrumar umas paradas a mais no caminho. Como foi dito antes o corpo demora um pouco para absorver os fluídos.

Verdade: Beba ao longo do caminho

Ingira 500 ml de alguma bebida esportiva uma ou duas horas antes da corrida. Esse tempo é o suficiente para o corpo absorver o que precisa e eliminar o resto. Depois dois ou três goles de isotônico a cada 15 ou 20 minutos durante a corrida.

#3

Mito: Cafeína desidrata

A cafeína já foi demonizada de várias maneiras, inclusive como diurética. Assim, consumi-la durante a corrida faria você perder mais líquidos e aumentar o estresse pelo calor com o aumento dos batimentos cardíacos e o metabolismo.

Verdade: Cafeína só aumenta a queima de carboidratos.

Uma pesquisa revelou recentemente que a cafeína não faz você ir mais vezes ao banheiro do que outra bebida. Também não influencia nos efeitos do calor na trilha. Ao contrário, a cafeína faz você sentir melhor. Diminui sua percepção de cansaço e faz você ir mais longe. A universidade de Birmingham, na Inglaterra, observou que ela faz os carboidratos de uma bebida para esportistas serem queimados 26% mais rápidos dos que o de uma que não tenha cafeína na fórmula. Ela faz a glucose ser absorvida mais rapidamente pelo intestino.

#4

Mito: Você precisa mais proteína

Inicialmente, as bebidas para esportistas eram essencialmente carboidratos. Mas com o tempo a proteína achou uma maneira de se enfiar no meio apoiado num estudo que dizia que a combinação dos dois melhorava a resistência, mais do que só carboidratos.

Verdade: Você precisa de muito pouca proteína.

Recente pesquisa com 10 atletas percorrendo um circuito de 80 km mostrou que o rendimento dos que usaram bebidas só com carboidrato foi o mesmo dos que usaram os combinados de carboidrato e proteína. E esses dois grupos tiveram rendimento superior aos que beberam água aromatizada. E ainda, se você é um ciclista de longa distância, muito provavelmente irá comer algo durante o trajeto, isso já será suficiente para o pouco de proteína que pode precisar.

#5

Mito: Hidratação durante o exercício é um mandamento Divino.

Ora, isso é o que as empresas que vendem isotônicos que você pense para estar sempre com a garrafinha deles na mão, mesmo que seja para uma volta no quarteirão.

Verdade: O importante é beber água todo o dia e de forma regular

O mandamento da natureza é estar em dia com a hidratação. Isso quer dizer, beber água ao longo do dia. Uma pessoa só se desidrata fazendo exercícios moderados se não tem o hábito de beber água sempre, mesmo quando não esta com sede. Se você se mantém hidratado, não correrá o risco de uma desidratação em um passeio moderado. A regrinha dos 8 copos diários é uma boa base.

Fonte: bikedica.com.br